Um dos argumentos que Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, vai usar em Brasília hoje para mostrar que a entidade está tentando se modernizar é a contratação da Ernest & Young para ajudar no plano de reforma de governança - um pacote de auditoria e compliance.
O dirigente será sabatinado por deputados na Comissão de Esporte da Câmara e fará uma apresentação em aproximadamente 15 minutos sobre o trabalho executado desde 16 de abril, quando tomou posse, e vai citar a contratação da empresa. A CBF diz que a contratação se deu antes do estouro da crise atual, com a prisão do vice-presidente José Maria Marin, em Zurique.
A consultoria está no processo de estudos, que vai durar cinco semanas. Depois, três meses para a implantação das medidas que acharem necessárias.
- A Ernest & Young estuda governança, riscos e conformidades. O presidente vai falar sobre isso. E lá está claro o processo de transparência e compliance - afirmou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Curiosamente, quem há dois anos apresentou projeto de auditoria e compliance - criando comitê e tudo - foi Joseph Blatter, presidente da Fifa. Na CBF, os dirigentes garantem que o desfecho não será o mesmo. Tanto para a empresa - que atualmente é acusada de negligência -, quanto para o presidente - que colocou o mandato à disposição.
A cúpula da CBF diz que, após analisar os contratos da entidade feitos antes de 16 de abril, não achou uma assinatura sequer de Del Nero.
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