"É uma evolução", diz Vuaden sobre escala de árbitros gaúchos para apitar jogos da dupla Gre-Nal

Árbitro gaúcho, que comandará Inter e São Paulo, elogia determinação da CBF que escala juízes do mesmo Estado dos clubes no Brasileirão. Anderson Daronco apitará Goiás e Grêmio


Fonte: Diário Gaúcho

É uma evolução, diz Vuaden sobre escala de árbitros gaúchos para apitar jogos da dupla Gre-Nal
Foto: Porthus Junior / Agencia RBS

A terceira rodada do Brasileirão não prevê Gre-Nal, mas os gaúchos Leandro Vuaden e Anderson Daronco comandarão os jogos da Dupla. A CBF escalou Vuaden para apitar Inter e São Paulo, neste domingo, às 16h, no Beira-Rio. Os dois assistentes, porém, serão paulistas: Marcelo Van Gasse e Ricardo Manis. Já Goiás e Grêmio, domingo às 16h, no Serra Dourada, será arbitrado por Daronco — e os auxiliares serão o gaúcho Rafael da Silva Alves e o goiano Cristhian Passos Sorence.

A determinação de colocar árbitros e assistentes de um mesmo Estado ou da federação local para apitar os jogos foi uma determinação da Comissão Nacional de Arbitragem e passou a valer a partir da primeira rodada do Brasileirão.

Marcelo de Lima Henrique fez carreira no futebol carioca, chegou ao quadro da Fifa, mas se transferiu para Pernambuco. Ele atuou em São Paulo 2x1 Flamengo, na primeira rodada. Há mais casos: o paranaense Héber Roberto Lopes, que apitou pela Federação Paranaense de Futebol até 2012, e se mudou para a federação de Santa Catarina, comandou Goiás 2x0 Atlético-PR, pela segunda rodada. O mineiro Sandro Meira Ricci, que até 2014 apitava por Pernambuco e agora está em Santa Catarina, foi escalado para Sport 1x0 Coritiba, na terceira rodada. E Joinville 0x0 Palmeiras, na segunda rodada do campeonato, teve como um dos auxiliares o catarinense Kleber Lúcio Gil.

— É algo inusitado? Sim. Até então não se fazia isso, mas a CBF começou a se utilizar desse método de arbitragem mista. É uma evolução — disse Vuaden.

Questionado sobre a eterna desconfiança que há sobre os árbitros, ainda mais comandando um jogo no qual uma equipe de seu Estado está envolvida, Leandro Vuaden minimiza e assegura que esse fato não aumentará a pressão sobre a arbitragem:

— Não vejo problema algum e não tenho problemas com isso. Não é a pressão que aumenta, mas, sim, a responsabilidade que tenho em todo o jogo grande. A partir do momento em que você atinge um certo patamar na arbitragem, não há porque ficar preocupado com o que vão falar.

Mas se Vuaden não vê problemas, o diretor de arbitragem da Federação Gaúcha de Futebol, Luiz Fernando Moreira, entende que um erro poderá deixar um árbitro ou mesmo o trio de arbitragem marcado.

— Não acho legal. Mas quem tem autonomia para definir isso é a CBF. Não vejo benefício algum. Além da pressão sobre a arbitragem, se cria uma responsabilidade maior. E se o árbitro ou o auxiliar de um determinado Estado cometer um erro a favor do clube do próprio Estado? O que os outros vão dizer? Haverá desconfiança em caso de equívoco. Não é legal mudar assim, sem o devido preparo — declarou Moreira. — aqui, por exemplo, eu jamais escalo o Jean Pierre, que é natural de Pelotas, para apitar um jogo do Brasil-Pel ou do Pelotas. Justamente para evitar esse tipo de pressão extra sobre meus árbitros — acrescentou.

Sérgio Corrêa, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, justificou tal medida para que o torcedor passe a acreditar mais nos árbitros.

— Estamos trabalhando aos poucos, vai ser uma coisa lenta, porque as pessoas têm que se habituar a confiar. O grande problema é que ninguém confia em nada. Isso não existe. Agora, os árbitros têm que fazer a parte deles e trabalhar bem — avisou Corrêa.



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