Felipão naufragou no Palmeiras, na seleção brasileira e no Grêmio
Na última terça-feira, o técnico Luiz Felipe Scolari pediu demissão do Grêmio e completou três fracassos consecutivos em times nos quais gozava de enorme prestígio.
Antes de naufragar em Porto Alegre, ele também teve passagens decepcionantes por Palmeiras e seleção brasileira, e acabou perdendo o status de ídolo que tinha antes de suas segundas passagens pelas equipes.
No caso do clube palestrino e da seleção, Felipão ainda conseguiu conquistar títulos, o que não aconteceu no clube gaúcho. No entanto, tragédias acabaram fazendo com que os torcedores se esquecessem dos bons momentos vividos com Scolari.
Veja como foram os 3 anos trágicos:
- PALMEIRAS
Luiz Felipe Scolari acertou seu retorno ao Palmeiras, clube pelo qual havia conquistado quatro grandes títulos na era Parmalat, em junho de 2010. Foi recebido com muita esperança por parte da torcida palmeirense, e logo em seu início de trabalho conseguiu levar o clube à semifinal da Copa Sul-Americana, eliminando o Vitória de maneira épica na fase brasileira. No entanto, acabou eliminado pelo Goiás, de virada, em pleno Pacaembu, nas semifinais, depois de ter vencido o duelo de ida no Serra Dourada.
No ano seguinte, o Palmeiras começou bem o Paulistão, mas foi eliminado nos pênaltis pelo Corinthians, na semifinal. Na Copa do Brasil, queda para o Coritiba com direito a 6 a 0 no Couto Pereira, em uma das piores derrotas da história palestrina. Já no Brasileirão, campanha sem nenhum brilho, com a equipe terminando em 11º lugar.
2012, porém, tinha tudo para ser diferente. Após mais um fracasso no Paulistão, com eliminação para o Guarani nas quartas, Felipão reencontrou sua velha forma na Copa do Brasil.
Com uma campanha carregada de "Scolarismo", o time alviverde foi superando todos os adversários aos trancos e barrancos e foi campeão em cima do Coritiba, em pleno Couto Pereira, na "vingança" dos 6 a 0 do ano anterior.
Parecia que a paz finalmente reinaria na vida de Scolari no Palestra Itália. Só que a péssima campanha no Brasileirão culminou com a demissão do treinador em setembro daquele ano, em meio a uma enorme crise no Palestra Itália. O Palmeiras terminaria o torneio rebaixado novamente para a Série B com Gilson Kleina no comando, mas Felipão acabaria apontado como o culpado pelo desastre.
Um triste fim para o segundo técnico que mais vezes comandou o time do Palestra Itália, com 407 jogos. Em sua segunda passagem pelo clube paulista, foram 165 jogos, com 70 vitórias, 50 empates e 45 derrotas - um aproveitamento de 52,5% dos pontos.
- SELEÇÃO BRASILEIRA
Dois meses depois de deixar o Palmeiras, e bem no momento em que a equipe se afundava de vez na zona do rebaixamento do Brasileiro, Scolari foi escolhido pela CBF como novo técnico da seleção brasileira, no lugar de Mano Menezes.
De cara, pareceu uma decisão acertada, já que, na Copa das Confederações do ano seguinte, a equipe verde e amarela fez grande campanha, conquistando o título com uma arrebatadora vitória por 3 a 0 em cima da Espanha, então campeã mundial.
O triunfo encheu Felipão e o auxiliar Carlos Alberto Parreira de confiança. Em entrevistas pouco antes da Copa do Mundo, a dupla discursava já em tom vitorioso, como se a conquista do hexa no Brasil fosse certa.
Só esqueceram de combinar com os adversários...
No Mundial, a seleção apresentou um futebol fúnebre, e ainda perdeu Neymar, seu principal jogador, após lesão na partida das quartas de final, contra a Colômbia. Chegou a semifinal e a derrota foi dura: 7 a 1 para a Alemanha, no episódio que ficou conhecido como Mineirazo.
Veio, então, a famosa carta da Dona Lúcia na coletiva pós-jogo, o que deixou tudo ainda mais embaraçoso. Felipão se despediu da equipe com uma derrota por 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar, manchando de vez a imagem imaculada que tinha pela conquista do penta na Coreia do Sul e Japão, em 2002, quando formou a famosa "família Scolari".
- GRÊMIO
Menos de um mês depois da tragédia na Copa, o Grêmio anunciou o retorno de Felipão após 18 anos. Ídolo da equipe nos anos 90, quando conquistou de Brasileirão a Libertadores, e gremista assumido, cabia ao técnico recuperar o prestígio do time de Porto Alegre e também se reestabelecer como treinador após a dura pedrada do 7 a 1.
O início foi arrebatador, com uma boa campanha de reação no Brasileiro e uma goleada por 4 a 1 em cima do Internacional, no dia do aniversário do técnico. No entanto, a equipe caiu de rendimento e não conseguiu o objetivo, que era uma classificação para a Libertadores.
Chegou, então, o Gauchão de 2015, competição que Scolari prometeu conquistar para retribuir a confiança do ex-presidente Fábio Koff, que havia costurado seu retorno. No entanto, veio a final e o Inter foi, mais uma vez, campeão em cima do Grêmio.
Com o início ruim no Brasileirão, com uma vitória e uma derrota, Felipão se viu mais uma vez em situação delicada, e pediu demissão, encerrando seu terceiro fracasso seguido em um time no qual foi ídolo no passado.
"Para que nós tivéssemos um ano tranquilo e projetos para 2015, o objetivo era a conquista do título gaúcho, eu não consegui. Fiquei em débito junto ao doutro Fábio (Koff), [...] e ficou esta situação. E eu achei que, em débito, deveria conversar com o presidente atual e colocar o meu cargo à disposição", explicou o treinador.
A demissão foi confirmada na terça. Em sua segunda passagem pelo time de Porto Alegre, o treinador não durou nem 300 dias após os 18 anos de espera da torcida.
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No caso do clube palestrino e da seleção, Felipão ainda conseguiu conquistar títulos, o que não aconteceu no clube gaúcho. No entanto, tragédias acabaram fazendo com que os torcedores se esquecessem dos bons momentos vividos com Scolari.
Veja como foram os 3 anos trágicos:
- PALMEIRAS
Luiz Felipe Scolari acertou seu retorno ao Palmeiras, clube pelo qual havia conquistado quatro grandes títulos na era Parmalat, em junho de 2010. Foi recebido com muita esperança por parte da torcida palmeirense, e logo em seu início de trabalho conseguiu levar o clube à semifinal da Copa Sul-Americana, eliminando o Vitória de maneira épica na fase brasileira. No entanto, acabou eliminado pelo Goiás, de virada, em pleno Pacaembu, nas semifinais, depois de ter vencido o duelo de ida no Serra Dourada.
No ano seguinte, o Palmeiras começou bem o Paulistão, mas foi eliminado nos pênaltis pelo Corinthians, na semifinal. Na Copa do Brasil, queda para o Coritiba com direito a 6 a 0 no Couto Pereira, em uma das piores derrotas da história palestrina. Já no Brasileirão, campanha sem nenhum brilho, com a equipe terminando em 11º lugar.
2012, porém, tinha tudo para ser diferente. Após mais um fracasso no Paulistão, com eliminação para o Guarani nas quartas, Felipão reencontrou sua velha forma na Copa do Brasil.
Com uma campanha carregada de "Scolarismo", o time alviverde foi superando todos os adversários aos trancos e barrancos e foi campeão em cima do Coritiba, em pleno Couto Pereira, na "vingança" dos 6 a 0 do ano anterior.
Parecia que a paz finalmente reinaria na vida de Scolari no Palestra Itália. Só que a péssima campanha no Brasileirão culminou com a demissão do treinador em setembro daquele ano, em meio a uma enorme crise no Palestra Itália. O Palmeiras terminaria o torneio rebaixado novamente para a Série B com Gilson Kleina no comando, mas Felipão acabaria apontado como o culpado pelo desastre.
Um triste fim para o segundo técnico que mais vezes comandou o time do Palestra Itália, com 407 jogos. Em sua segunda passagem pelo clube paulista, foram 165 jogos, com 70 vitórias, 50 empates e 45 derrotas - um aproveitamento de 52,5% dos pontos.
- SELEÇÃO BRASILEIRA
Dois meses depois de deixar o Palmeiras, e bem no momento em que a equipe se afundava de vez na zona do rebaixamento do Brasileiro, Scolari foi escolhido pela CBF como novo técnico da seleção brasileira, no lugar de Mano Menezes.
De cara, pareceu uma decisão acertada, já que, na Copa das Confederações do ano seguinte, a equipe verde e amarela fez grande campanha, conquistando o título com uma arrebatadora vitória por 3 a 0 em cima da Espanha, então campeã mundial.
O triunfo encheu Felipão e o auxiliar Carlos Alberto Parreira de confiança. Em entrevistas pouco antes da Copa do Mundo, a dupla discursava já em tom vitorioso, como se a conquista do hexa no Brasil fosse certa.
Só esqueceram de combinar com os adversários...
No Mundial, a seleção apresentou um futebol fúnebre, e ainda perdeu Neymar, seu principal jogador, após lesão na partida das quartas de final, contra a Colômbia. Chegou a semifinal e a derrota foi dura: 7 a 1 para a Alemanha, no episódio que ficou conhecido como Mineirazo.
Veio, então, a famosa carta da Dona Lúcia na coletiva pós-jogo, o que deixou tudo ainda mais embaraçoso. Felipão se despediu da equipe com uma derrota por 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar, manchando de vez a imagem imaculada que tinha pela conquista do penta na Coreia do Sul e Japão, em 2002, quando formou a famosa "família Scolari".
- GRÊMIO
Menos de um mês depois da tragédia na Copa, o Grêmio anunciou o retorno de Felipão após 18 anos. Ídolo da equipe nos anos 90, quando conquistou de Brasileirão a Libertadores, e gremista assumido, cabia ao técnico recuperar o prestígio do time de Porto Alegre e também se reestabelecer como treinador após a dura pedrada do 7 a 1.
O início foi arrebatador, com uma boa campanha de reação no Brasileiro e uma goleada por 4 a 1 em cima do Internacional, no dia do aniversário do técnico. No entanto, a equipe caiu de rendimento e não conseguiu o objetivo, que era uma classificação para a Libertadores.
Chegou, então, o Gauchão de 2015, competição que Scolari prometeu conquistar para retribuir a confiança do ex-presidente Fábio Koff, que havia costurado seu retorno. No entanto, veio a final e o Inter foi, mais uma vez, campeão em cima do Grêmio.
Com o início ruim no Brasileirão, com uma vitória e uma derrota, Felipão se viu mais uma vez em situação delicada, e pediu demissão, encerrando seu terceiro fracasso seguido em um time no qual foi ídolo no passado.
"Para que nós tivéssemos um ano tranquilo e projetos para 2015, o objetivo era a conquista do título gaúcho, eu não consegui. Fiquei em débito junto ao doutro Fábio (Koff), [...] e ficou esta situação. E eu achei que, em débito, deveria conversar com o presidente atual e colocar o meu cargo à disposição", explicou o treinador.
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