Grêmio e Inter não irão aderir ao modelo atual do Profut

Dirigentes dos clubes gaúchos contestam valores propostos para refinanciamento das dívidas


Fonte: Diário Gaúcho

Grêmio e Inter não irão aderir ao modelo atual do Profut
Sem mudanças nas regras da medida provisória que refinancia as dívidas dos clubes com a União, a dupla Gre-Nal ficará de fora do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). Valores das parcelas e interferência da União na gestão das equipes desagradam Grêmio e Internacional, sentimento dividido com dirigentes de outros clubes, como Corinthians, Atlético-MG e Cruzeiro.

A posição de contrariedade foi exposta pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., e pelo advogado do Internacional, Felipe Dallegrave Baumann, na tarde desta terça-feira em Brasília. Os dois participaram ao lado de dirigentes de outras agremiações de uma audiência pública da comissão mista que analisa a MP 671, editada pelo governo federal, que cria o Profut. Os clubes que aderirem ao programa renegociam suas dívidas tributárias em 120 ou 204 parcelas, porém terão de cumprir uma série de obrigações, com previsão de punições para quem descumprir os pagamentos.

A dupla Gre-Nal já participa do refinanciamento da Timemania, portanto, só vai aderir ao novo carnê se as condições forem mais vantajosas. Segundo Bolzan, o formato proposto pelo governo federal aumentaria os valores das parcelas da dívida fiscal, que bate na casa de R$ 95,2 milhões no caso gremista.

– Hoje a parcela da Timemania fica em entre R$ 350 mil e R$ 400 mil por mês. Com o Profut, o valor saltaria para R$ 900 mil. Só interessaria aderir se pudéssemos diminuir a parcela e alongar o financiamento – disse.

Dallegrave não apresentou números débitos fiscais do Internacional, que giram em torno de R$ 125, 9 milhões, porém explicou que os estudos preliminares do clube indicam que o valor da parcela dobraria em relação ao que é pago atualmente dentro da Timemania. Já o fair play financeiro tem apoio dos dirigentes gaúchos.

A dupla Gre-Nal também critica a exigência para que os clubes concentrem suas receitas em uma conta bancária única, o que, na visão dos dirigentes, poderia comprometer o fluxo de caixa. A contrariedade é compartilhada por outros clubes e pela CBF. Dallegrave ainda questiona a previsão de limitar a 70% da receita bruta os gastos com futebol.

- É uma intervenção do Estado limitando valores do investimento e dizendo como uma instituição privada deve ser gerida – afirma.

Como a medida provisória sofre forte rejeição, deputados e senadores farão modificações no texto, que precisará ser aprovado no Congresso. Após as votações, o novo formato do Profut será avaliado pela presidente Dilma Rousseff, que poderá vetar ou manter as alterações feitas pelos parlamentares.


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