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[OPINIÃO] Quem defende os jogadores contra a súmula?

No documento oficial do jogo consta apenas a versão dos árbitros


Fonte: Globoesporte.com

[OPINIÃO] Quem defende os jogadores contra a súmula?
Foto: Eduardo Moura/ge
Um dos assuntos mais comentados da rodada do Campeonato Brasileiro foi a expulsão do meio-campista Maicon, do Grêmio, no jogo diante do Corinthians. Transtornado, o atleta avançou em direção ao árbitro Ricardo Marques Ribeiro, dedo em riste, totalmente fora de controle.



Em seu relato na súmula de Grêmio x Corinthians, Ricardo Marques Ribeiro afirma ter sido xingado por Maicon e levado um tapa do jogador. Este é o único documento com peso oficial que será avaliado pelos tribunais de justiça desportiva. Não existe algo com esse poder que possa ser formulado por atletas e treinadores com suas versões do ocorrido.


Não se discute a expulsão e nem o descontrole do jogador. Mas no documento oficial da partida, a súmula, a versão que fica sempre é a do árbitro. Algo que proporciona enorme poder de ataque para a arbitragem, e deixa atletas e comissões técnicas indefesos.


Não se trata de fazer uma defesa de jogadores e técnicos. Eles realmente exageram, xingam, reclamam o tempo todo e tentam pressionar e conduzir a arbitragem. Isso ficou escancarado com a ausência de público nos estádios, que entrega os sons do jogo sem censura.


Mas será que os árbitros são santos? Eles também não xingam, ofendem e fazem uso ameaçador de sua autoridade? Porque ao final da partida é a confortável e absoluta versão deles que prevalece na redação da súmula. Para atletas e integrantes de comissões técnicas resta apenas as entrevistas e seus relatos em redes sociais.


Inúmeras vezes houve denúncias de xingamentos proferidos pelos árbitros por parte de atletas. Além das famosas bravatas do tipo “cale a boca, senão eu vou lhe expulsar”.


O comportamento dos atores num espetáculo de futebol é péssimo. Principalmente no Brasil. Faltam educação, lealdade e conduta esportiva. Tudo se aceita como sendo parte do jogo. Dentro das quatro linhas parece existir uma realidade paralela, na qual se permite todo tipo de barbaridade. Ao final da partida fica tudo zerado e a vida segue. Menos para quem tem a súmula. Este documento poderoso que conta a história pelo viés de apenas uma pessoa: o árbitro principal. Se um de seus auxiliares lhe conta que foi xingado e ameaçado por um atleta, ele relata na súmula. Mas e a versão do atleta? Na súmula ela não aparecerá.


Quando chega a etapa de acusação no tribunal, quem defende o atleta da ditadura da súmula? Há um documento escrito pela autoridade máxima da partida no qual constam apenas os ataques e ofensas dos atletas, mas nunca suas versões para os fatos.



Em algumas situações os jogadores têm tamanha alteração de comportamento que ficam no ar muitas dúvidas sobre o que é dito pelos árbitros dentro de campo. Os homens do apito passam para a história como as vítimas do descontrole de jogadores, treinadores, assistentes. Embora o comportamento médio do atleta de futebol no Brasil seja quase sempre digno de críticas, fica difícil acreditar que ele são sempre os bandidos contra os eternos mocinhos da arbitragem.

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